Êêêê... boi encantado e aruá Ê boi, quem haverá de pegá
Na mia vida de vaquêro vagabundo Já nem dô conta dos perigos que infrentei Apois qui das nação de gado qui ai no mundo Num tem um só boi qui num peguei
Êêêê... boi encantado e aruá Ê boi, quem haverá de pegá
Eu vim de longe, bem prá lá daquela serra Qui fica adonde as vista num pode alcançar Ricumendado dos vaquêro de mia terra Pra nessas banda eles nóis representá Alas qui viemo in dois eu e mais ventania O mais famado dos cavalo do lugá Meu sabaruno rei do largo e do grotão Vê si num isquece da premessa qui nóis feiz Naquela quadra de terra laço e moirão Na luz da tarde os olhos dela e meu cantá A mais bunita de brumado ao pancadão Juremo a ela viu pegá boi aruá
Êêêê... boi encantado e aruá Ê boi, quem haverá de pegá
De indubrasil nerol' xuite guadimá Moura junquêro pintado nuve e alvação Junquêro giz peduro landreis e malabá Pintado laranja rajado lubião Boi de gabarro banana môcho armado De curralêro ao levantado e barbatão De todos boi qui ai no mundo já peguei Afora lá ele qui tem parte cum cão O tal boi bufa cum esse nunca labutei E o incantado que distinemo a pegá Pra nóis levá pras terras daquela donzela Juremo a ela viu, te pegá boi aruá
Êêêê... boi encantado e aruá Ê boi, quem haverá de pegá.
Ê boi Nerusa Ha!
Compositor: Elomar Figueira Mello (Elomar) ECAD: Obra #2478526 Fonograma #541428