O meu cantar foi a maneira que eu achei Pra não guardar o pranto que não chorei.
Quando a madrugada principia minha tristeza vadia passeia no meu olhar E a ilusão deixa meu peito Sai em sinal de respeito para o meu pranto chegar.
Meu coração não tem casa nem destino Feito um sonho de menino tem mania de voar E nas desilusões das aventuras vai colhendo as amarguras pra enfeitar o meu cantar.
O meu cantar foi a maneira que eu achei Pra não guardar o pranto que não chorei.
Ah! o meu desgosto é tão profundo Não há lágrima no mundo que possa me consolar Vivo dividindo a minha mesa com a sombra da tristeza que não quer se levantar.
Sou um rio seco em meu caminho só tem marcas dos espinhos que o verão deixou ficar E o vento triste do outono espalhou o meu abandono desfolhando o meu cantar.
O meu cantar foi a maneira que eu achei Pra não guardar o pranto que não chorei.
(Álbum "ELIZETH CARDOSO"/l976/COPACABANA"
Compositores: Antonio Carlos Nascimento Pinto (Toninho Nascimento) (ABRAMUS), Romildo Souza Bastos (Romildo) (UBC)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)Publicado em 2006 (30/Set) e lançado em 1996 (22/Mai)ECAD verificado obra #89062 e fonograma #1087208 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM