Hey você escuta os graves Mais grave é a disputa Não entendeu que o rap É o que nos une nossa luta Pelos barracos nos rádios Invadiu as ruas de terra Ta entendendo é assim Que o gueto prospera Separação não, na união só Soma com nóis agiliza E se defaz os nó Se ta perdido tio Esqueceu quem é o inimigo Ta pique o opressor Só olhando o próprio umbigo Então se remonta e monta o sonho Lembra que é favela Ta entendendo nós num é de deixar brecha Conta sua história, faz parte de outra história Não perde sua memória Leva pro mundo nossa vitória
Refrão E os maloqueiros vêm com nós E grita how se ta no sangue pega o mike e faz seu show Se você não gosta demoro cola pra lá Se não gosta de ouvir rap hey jão respeita
Então se si ligo Eu tio noiz precisamos De força coragem De todos serem humanos Foi sempre assim Me frustra nem percebemos Palmares, Canudos, Pinheirinho Só perdemos Olha te seu lado e diz quem ta contigo nos dias ruins te oferece um sorrisso ainda insisto me colocaram que o valor represento o que eu tenho e não meu próprio amor é pela dor e o sonho da liberdade que a cada dia Rompemos com as verdades Que me insinaram a dizer sim senhor Pelo rap nois quebramos Pra dizer Não senhor
Refrão
Autoestima na rima Mais bumbo mais clap Invisível nômade Pela cinza metrópole Tornozelos que sangram Mão que calejam apanham Catador de papelão Condições desumanas Que sonham Mendicância manja Olhares de esperança Es escravo da fazenda Sem memória e herança Desanima a justiça Continua a repressão social, racial Meus heróis são Abdias, malcon Mubi Abu Jamal Tenho um sonho a contar É ver os pretos viver E ver Palmares lutar Vai lá Só que o céu ta distante O tempo unido o caminho A coragem é adiante