Edith Piaf

Cri du Coeur (tradução)

Edith Piaf

I' Essentiel


Grito do Coração


Não é apenas a minha voz que canta

É outra voz, uma voz louca

voz de hoje ou de outras vezes

vozes engraçadas, ensolaradas

desesperadas, deslumbradas

vozes despedaçadas e quebradas

vozes sorridentes e aterrorizadas

vozes de dor e regozijo


É a voz de um novo pesar

A voz do amor morto ou vivo

a voz de um pobre fugitivo

a voz de um afogado que faz plouf

É a voz de uma criança que está sendo golpeado

É a voz de um pássaro temeroso

A voz de um pardal morto de frio

Sobre o pavimento da rua da alegria...


E sempre, sempre, quando eu canto

Este pássaro canta comigo

Sempre, sempre, viva ainda

Sua pobre voz treme para mim

Se eu dissesse tudo o que ela canta

tudo o que eu vi e tudo o que eu sei

Eu diria muito e não o suficiente

E tudo isso, eu quero esquecer


Outras vozes cantam um velho refrão

é sua recordação, não a minha

eu não tenho mais do que um grito do coração

eu não gosto da desgraça! eu não gosto da desgraça!

E a infelicidade me toma

Mas eu a conheço, ela me dá mais medo

ela me disse que somos casados

Mesmo se for verdade, eu não acredito


Sem piedade, eu esmago minhas lágrimas

Eu não lhe faço publicidade

Se foi tirado o sinal de alarme

Para tristezas particulares

Jamais os trens poderiam rolar

E eu observo a paisagem

si por acaso, ela é excessivamente feia

Eu espero que ela seja refeita em beleza


Os alfandegários do desespero

Podem rasgar minhas bagagens

Me apalpar e me questionar

Eu jamais declararei nada

O amor, como eu,foi viajar

Um dia vou reencontrá-lo

Ao ver seu rosto

reconhecerei-o imediatamente...

Cri Du Coeur


C'est pas seulement ma voix qui chante.

C'est l'autre voix, une foule de voix,

Voix d'aujourd'hui ou d'autrefois,

Des voix marrantes, ensoleillées,

Désespérées, émerveillées,

Voix déchirantes et brisées,

Voix souriantes et affolées,

Folles de douleur et de gaieté.


C'est la voix d'un chagrin tout neuf,

La voix de l'amour mort ou vif,

La voix d'un pauvre fugitif,

La voix d'un noyé qui fait plouf.

C'est la voix d'une enfant qu'on gifle,

C'est la voix d'un oiseau craintif,

La voix d'un moineau mort de froid

Sur le pavé d' la rue d' la joie


Et toujours, toujours, quand je chante,

Cet oiseau-là chante avec moi.

Toujours, toujours, encore vivante,

Sa pauvre voix tremble pour moi.

Si je disais tout ce qu'il chante,

Tout c'que j'ai vu et tout c'que j'sais,

J'en dirais trop et pas assez

Et tout ça, je veux l'oublier.


D'autres voix chantent un vieux refrain.

C'est leur souvenir, c'est plus le mien.

Je n'ai plus qu'un seul cri du cœur :

"J'aime pas l'malheur ! J'aime pas l'malheur !"

Et le malheur me le rend bien

Mais je l' connais, il m' fait plus peur.

Il dit qu'on est mariés ensemble.

Même si c'est vrai, je n'en crois rien.


Sans pitié, j'écrase mes larmes.

Je leur fais pas d'publicité.

Si on tirait l'signal d'alarme

Pour des chagrins particuliers,

Jamais les trains n'pourraient rouler

Et je regarde le paysage.

Si par hasard, il est trop laid,

J'attends qu'il se refasse une beauté


Et les douaniers du désespoir

Peuvent bien éventrer mes bagages,

Me palper et me questionner,

J'ai jamais rien à déclarer.

L'amour, comme moi, part en voyage.

Un jour je le rencontrerai.

A peine j'aurai vu son visage,

Tout de suite je le reconnaîtrai

Compositores: Henri Crolla (Marc Tempete) (SACEM), Jacques Andre Marie Prevert (SACEM)Editor: Soc Artista (SACEM)Publicado em 2007 (23/Jul) e lançado em 2007 (12/Fev)ECAD verificado obra #2951242 e fonograma #1231842 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM

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