Djavan

Avô

Djavan

Novena


E se eu parar de tomar pra sempre sundae
e não amar lévi-strauss em seu enleio
se eu achar démodé , quem serei?
E se tiver tudo chato e o céu for feio
e eu decidir que chopin , não solfejarei
se eu fizer um ar blazè, quem serei?
Quando eu for saberei.

Como eu era um homem longe do que sou
preocupado em me mostrar capaz...
Nem que eu queira, hoje posso ser tal rapaz
não sou mais, não sou mais, não sou mais
não sou mais enfim
nem mesmo o que eu serei, sou
não sou mais, não sou mais.

E no balaio da construção de um homem
revejo os moldes e as massas que eu já usei
pois viver é reviver, hoje eu sei
quem eu for, já encontrei
e de quebra a experiência me ensinou:
é preciso juventude para que eu me torne avô
è preciso juventude
quem me dera tê-la intacta a cada era
como uma flor
que algum dia, alguém espera em outra porta
que o futuro preparou.


© 1994 Luanda Edições Musicais Ltda.

Composição: Djavan / Flávia Virgínia

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