DJ Eddie Miller

Owner of Nothing (tradução)

DJ Eddie Miller


Dono de Nada


Era um menino de um lar singelo

Sonhava no espaço de um pai tão velho

Com uma vassoura, imitava o herói

Brincava de lutar contra o que destrói

Mas o mundo é frio, e o trabalho duro

O pão é escasso, não cobre o futuro


Ele via a mãe antes do sol nascer

O café do pai, e ele a correr

Não sobrava tempo pra sonhar

Então dançava na maré sem mar


Proprietário do nada, só de sonhos na mente

Caçando sombras, mas a luz ausente

Tem o coração, mas ninguém vê

O menino que virou homem sem porquê


Depois da escola, buscava um ganho

Trabalhava no ritmo da vida em desengano

As mãos da mãe na cozinha, devagar

Enquanto o pai ia enfrentar o luar

Os anos passaram, pesados e lentos

O menino cresceu, mas guardou os tormentos


E um dia, com rosas nas mãos

Whisky pro pai, sem ilusões

Andava nas ruas onde crianças riam

Desejando voltar aos dias que partiam


Proprietário do nada, só da dor que carrega

A vida é um jogo que nunca se entrega

Tem a força, mas ninguém vê

O homem preso ao destino que não se lê


A mãe se foi, sem despedida

O trabalho a levou, deixou a ferida

Os olhos do pai, cansados e tristes

Marcas do tempo, tão profundas, insistem


Perdeu o primeiro emprego, mas outro veio

A vida seguiu, mas tudo sem freio

O pai encontrou amor, mas o tempo acabou

Partiu da vida com um suspiro que silenciou


Agora só, com o peso dos dias

Trabalhava e estudava nas mesmas vias

Mas o sol da manhã ou o céu cinzento

Não traziam de volta o que se foi no tempo


Proprietário do nada, só das marcas na alma

Caminha na vida, buscando a calma

Tem a vontade, mas o mundo esfria

A história de um homem que a vida desfia


E quando não despertou mais um dia

Ninguém soube o que deixou, o que sentia

Encontrou a paz que tanto quis?

Ou se juntou aos pais num final feliz?

Proprietário do nada, de sonhos e pó

Sua história se apaga, como a de todos nós

Owner of Nothing


He was a boy from a simple place

Dreamin' in his father's shadowed space

With a broom in hand, he'd play the role

Mimicking a man who dug in coal

But the world was cold, and the work was rough

And the pay was short, never quite enough


He watched his mama wake before the dawn

Papa's coffee, then he's gone

They never had the time for dreams

So he learned to dance in silent streams


Owner of nothing, but the dreams in his mind

Chasin' shadows, but the light's hard to find

He's got the heart, but the world don't see

The boy who'd be a man, lost in history


After school, he'd hit the streets

Finding work with tired feet

Mama's hands in the kitchen slow

While Papa's out where the wild winds blow

Years passed by, heavy and slow

The boy became a man, but the pain didn't go


And then one day, with a rose in hand

Whiskey for his old man, understand?

He walked the streets where the children play

Wishing he could turn back to yesterday


Owner of nothing, but the pain in his chest

Life's a game, but he never passed the test

He's got the fight, but the world don't see

The man who's bound by destiny


Mama's gone, and he couldn't say goodbye

Work took her life, left him to cry

Papa's eyes grew tired and weak

The years left marks too deep to speak


First job lost, but another came

Life moved on, but it's all the same

Papa found love, but time ran dry

He left the world with a whispered sigh


Now alone, with the weight of days

He worked and studied in the old ways

But the morning sun, or cloudy skies

Couldn't bring back those lost goodbyes


Owner of nothing, but the scars on his soul

Walking through life, just filling a role

He's got the will, but the world's grown cold

The story of a man whose life unfolds


And when he didn't wake one day

No one knew what he'd left to say

Did he find the peace he'd sought so long?

Or join his parents in a final song?

Owner of nothing, but dreams and dust

His story fades, like all of us


Compositor: Eduardo Alves de Oliveira

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