Diogo Nogueira
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Grão de Areia

Diogo Nogueira


Clareia, clareia
Essa escuridão
Clareia, clareia
Toda intolerância alheia
Clareia o meu coração
Clareia

Santa Clara brilhai
Sua candeia
Vai sangrar
Sua luz nas minhas veias

Se a mente anda na escuridão
Toda terra planteia
Clareia a nossa visão
E a nossa intolerância maqueia

Criança virando carvão
E as minas cá do meu sertão
Mas sei que meu samba é um grão de areia

Clareia, clareia
Minha solidão
Clareia, clareia
Toda intolerância alheia
Clareia o meu coração
Clareia

Se o amor é o poder que nos semeia
Lua nova vai ser a lua cheia
Se a flor muda a corrupção que o planeta incendeia
Tem rico assaltando ladrão, pastores iludindo as ovelhas

Tem nego explodido no chão
Dizendo que é pelo Alcorão
Que somos todos irmãos
Clareia

Clareia, clareia
Minha solidão
Clareia, clareia
Toda intolerância alheia
Clareia o meu coração
Clareia

Meu São Jorge empunhai a sua lança
E o dragão da maldade não vai nos alcançar
Que o mal que germina na terra o homem semeia
Meu samba é um pedido de paz
Batuca que a coisa tá feia

Nas ruas o povo é capaz
Cantando é que o mal se desfaz
Quem faz samba pra Deus lá no céu é Candeia


Clareia, clareia
Essa escuridão
Clareia, clareia
Toda intolerância alheia
Clareia o meu coração
Clareia

Simbôra clareia

Clareia, clareia
Minha solidão
Clareia, clareia
Toda intolerância alheia
Clareia o meu coração
Clareia

Compositores: Jorge Luiz Sant Anna Vercillo (Jorge Vercillo), Paulo Cesar de Oliveira Feital (Paulo Cesar Feital)
ECAD: Obra #18765762 Fonograma #10893772

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