Quando eu passo com a minha viola As morenas chora acenando a mão No meu galope tô ganhando a sorte Não tem sul nem norte essa solidão A minha sede tornando a boca Entregando a luta na mão do rapaz Fiz com o tempo uma aliança Que não morra esperança Que meu peito traz
O tempo açoita esse corpo moreno Banhado em sereno, luar de marfim Trazendo o cheiro de quem foi meu bem Será que ainda tem saudade de mim Maior é a minha dor que é meu veneno Já fui pequeno hoje não sou mais Fiz com o tempo uma aliança Que não morra esperança Que meu peito traz
Quem não tem casa carrega um chapéu E o cruzeiro do céu pra se orientar Boca fechada não entra mosquito Reze seu menino antes de deitar Aonde tem fumaça temo fogo Entro nesse jogo por que sou capaz Fiz com o tempo uma aliança Que não morra esperança Que meu peito traz
Quando menino lembro da igreja Deus louvado seja, o Senhor tava lá A minha herança dessa comunhão Foi esta benção de poder cantar Minha viola quer ser meu cruzeiro O coração quer ser pilotos gerais Fiz com o tempo uma aliança Que não morra esperança Que meu peito traz
Compositores: Genesio Sampaio Filho (Genesio Tocantins), Juraildes da Cruz Rodrigues (Juraildes da Cruz) ECAD: Obra #2998797 Fonograma #20413