Hoje eu acordei com o vento explodindo na minha janela E tentei sair do quarto num silêncio de capela Só queria ter um tempo pra pensar sem compromisso Nessa sua isenção que é o abrigo dos omissos Lá fora os homens seguem se matando Uns por dinheiro, outros por um pedaço de pão Afinidades entre a cruz que mata em nome de Deus E a espada que estraçalha o amor na mão dos irmãos Não me assusta mas me esclarece Despreza a ciência, faz uma prece Esconde a mão manchada do sangue do corpo dos inocentes Cês são Joaquim Silvério dos Reis, nós somos Tiradentes Ouvi um grito vindo lá do beco escuro De uma criança sem pai, perdida e sem futuro Seus olhos lacrimejavam o desespero de alguém Que sabe que será abatido, invisível e nada além
Quantas histórias assim ficaram no caminho? Num cemitério de ideias, me vi sozinho Se eu sou canção sem refrão que fica na cabeça Não me interessa, eu sigo firme e forte, tenho pressa Amanheceu o novo dia e tudo é sempre igual Um loop eterno de notícias tristes no jornal Mentiras e verdades que confundem o cidadão de bem Eu sei quem é quem, eu sei quem é quem O indiferente não se importa, ele só quer poder Fará o possível e o impossível pra permanecer Como um inseto pestilento em reprodução Fatia o bolo entre a família sem preocupação E pra encerrar, a minha carta não é um lamento É um aviso ao futuro de um novo tempo A corte cairá, não sobrará ninguém O tempo ruim vai passar do pai pro filho Ao Espírito Santo, amém
Compositores: Andre Agrizi (UBC), Clyeston Hypolito de Oliveira (AMAR), Fabio Brasil da Silva (Fabio Brasil) (UBC), Luis Guilherme Brunette Fontenelle de Araujo (UBC), Philippe Machado Fernandes (ABRAMUS), Renato Machado Rocha (Renato Rocha) (UBC)Editor: Outro Lugar Producoes Ltda (UBC)Administração: Sony Music Publishing (UBC)Publicado em 2020 (17/Ago) e lançado em 2020 (20/Ago)ECAD verificado obra #29100729 e fonograma #21766299 em 28/Out/2024 com dados da UBEM