Detentos do Rap
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Anjo Maldito

Detentos do Rap


[intro]
"Mãezinha do céu, eu não sei reza
só sei te dize que eu quero te amar
santo é seu nome, branco é seu vél
mãezinha eu quero te ve la no céu"

[dialogo]
"Eu so o anjo maldito que vaga na calada,
violentamente sem motivos pra risada,
sou panico na quebrada,
com o seu sangue eu lavo a calçada,
sou a prata da favela, o terror da playboyzada,
o virus ebola que destroi a sua mente
explode seu pulmão, estora a veia corrente,
sou seu pesadelo pior que inimigo,
sou a 9m.m explodindo o seu ouvido
Vila Mara, Barro Preto, Jardim Industrial,
Vila Nova York, Favela Naval,
os boy géla na mira da Cicrope
eu tipo Hobin Hood robando para os pobres
só miséria não da, não vo me dibruia,
ai, salve os bandido no Jardim Popular,
aqui é sem massage, burgues só se fode,
Daniel Sancy camisa 9 na febre, com ódio eu destroço."

Sua corrente de ouro,
seu brage a Pagero,
não vai te faze falta amanhã no seu enterro
o brazer de linho coberto de sangue
Brasil pra quem te usa OZ passo longe
quem sabe desce modo Deus ouça a minha voz
e pese na balança a diferença entre nós
o alcool na favela, o nóia na viela
o craque a rota, o vicio da branquela,
ou a mãe que passa mal, no funeral,
deu zica na fita do banco central
traficante nervoso, menor de idade
na calada foi morto, pelo Denarc
que Deus te proteja apesar dos pesares
acolha a sua alma e não me desampare
olhe dentro de você
o que você ve?
um bosta, um nada eu não quero se
mais um pra humilha, mais um pra massacra
com a palavra de Deus, aleluia, enrica
eu posso ser até Alibaba no inferno
esse pecado comigo eu não levo
sei bem quem eu sou, entre nós chega ai,
pela a favela e a favela é por mim cuzão
o que dói mais?
um tiro de um pm?
ou ver o presidente mentindo pra gente?

Eu abriria o seu peito, rancava o coração,
bebia seu sangue queimava o pulmão
comesava com Maluf, Pitta e Vicente
só com sangue de canalha iria da enchente
graças a vocês eu sei roba sei mata
mãezinha do céu eu só não sei reza
então eu vo poupa o seu tempo e dize quem eu so
eu sou o anjo maldito que você crio.

Nesse momento eu tô entrando em contagem regressiva
depois dessa rajada vale menos minha vida
eu sei qual é que é
só veneno só ódio
não bebo do seu vinho, muito menos no seu copo
mais se fosse um empressario ou melhor um doutor
não teria preconceito o meu dinheiro compra cor
sentaria em sua mesa cheio de diamante
seria um gigolo na elite dominante
diz doutor quem eu sou?
frentista ou lavador
tenho carro importado ou preferencia de cor?
eu so a maioria que vive no anonimato
cadeia, febem, asilo, orfanato
longe da escola sem educação
limitado de ser visto como um bom cidadão
o lado negativo no ibope da midia
a ameaça do sistema, a esperança da familia
na arte milenar cara a cara com o perigo
meu raciocinio é rapido, violento e destrutivo
tô na finalidade estouro o cofre e cai pra dentro
hoje minha familia eu tiro do relento.

Pode vim a rouba banco, o Garra, a Rota
rajada, rajada, rajada a toda hora
então vem, vem na fé, bandio eu sei qual é
tô preparado pra guerra
o sistema me quer
tipo réu primario na zona de ataque
colaborando pra essa porra da destaque
eu boto fogo na minha céla,
quem deve é meu refem
o Choqu8e entra eu so finado,
a midia cobre tudo bem
mais a minha familia vai chora a dor
do anjo maldito que você crio

Compositor: Leonardo de Carvalho
ECAD: Obra #2590555 Fonograma #18755448

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