O ar que atravessa o oco perfurado Movimenta o que penso, o que sinto, o que falo Pra não ficar por aí, de cabeça pra baixo Do poço mais fundo dos fundos pra ver Com outros olhos pra tentar entender O mundo é quem está de pernas pro ar Nos sambas de roda é que eu vi Todas as voltas que o mundo lhe dá Um nó de presente, pra você se virar Se faltar ar e se faltar luz Não deixe a cabeça parada O mundo pode cair em suas costas E ele pode ser pesado O mundo pode ser pesado
Atento ao sinal no sopro dos berrantes As bocas de lobo têm cheiro de esgoto E o som tem que estar nas caixas de alto-falantes Todo som que sai, no movimento do ar Pouco a pouco no oco do coco o sopro que sai
Composição: (andré Lima, Bruno Couto, Felipe Fantoni, Jongui, Pau Lin)