Todo homem quando nasce, é ungido de poderes,
Recebe o poder da escolha, pra escolher como viver,
Na forma de livre arbítrio, decidir o que vai ser,
Se vai viver na virtude, ou ser mau e se perder,
Ser correto e cumpridor, ser da razão o senhor,
Ou nos vícios perecer.

Há aqueles que escolhem, as virtudes como guias,
Vivem na simplicidade e encontram harmonia,
São generosos e bons, a mansidão apreciam,
Vivem com moderação, dos excessos se desviam,
Cultivam a paciência, a caridade e a modéstia,
Como o criador queria.

O que escolhe viver, na soberba, na arrogância,
Irado por natureza, marcado pela ganância,
Sempre coberto de inveja, desejando a abundância,
Tem a gula e a preguiça, como sua circunstância,
Mas, é mesmo na luxúria, num estado de penúria,
Que a sua alma avança.

Quando vemos pela rua, um sujeito caminhando,
Não se pode imaginar, o que ele está pensando,
Qual decisão vai tomar e o que é que está tramando,
Se, dá graças ao Senhor, ou se está se lamentando,
Se, vive prá ser do bem, ou é o mal que lhe convém,
Seu destino vai traçando.

Já fiz muitas caminhadas, já derrapei nos dois lados,
No geral fui diligente, mas também fui relaxado,
Algumas vezes orei, outras me encontrei irado,
Ajudei quem precisava, desejei ser abastado,
Se na gula e na preguiça eu não passei de carniça,
No bem eu fui elevado!

Por isto eu digo, oh! Compadre! Vamos ter mais paciência,
Vamos viver na virtude, cultivar a coerência,
Admitir com modéstia, que a nossa inteligência,
Exerce o poder da escolha, e com muita eficiência,
Podemos ser generosos, ser simples com diligência,
Pois cultivando as virtudes, limpamos a consciência.
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