Cristina Branco
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Cantigas Às Serranas

Cristina Branco


Donde vem Rodrigo,
Donde vem Gonçalo,
De sachar o milho,
De mondar o prado.

Seja diligente
Quem amor semeia,
Que quem não grangeia
Não colhe a semente.
Semeou Rodrigo,
Semeou Gonçalo,
Haverão do milho
Se mondam o prado.
Quem de amor se esquece
No tempo de verde,
Não colhe o que perde
Entre erva que crece,
Por isso Rodrigo,
Por isso Gonçalo,
Vão sachar o milho,
Vão mondar o prado.
Amor que aproveita,
Se antes de gradar
Cresce em seu lugar
Ciúme e suspeita,
Triste de Rodrigo,
Triste de Gonçalo,
Mal por seu cuidado,
Se não sacha o milho,
Se não monda o prado.
Amor que ficou
Em terra deserta
Colhe quem acerta,
Não quem semeou.
Semeou Rodrigo,
Semeou Gonçalo,
Para haverem o milho
Cumpre haver cuidado.
Em terra mimosa
Ninguém faça escolha,
Vai-se o grão na folha,
De muito viçosa.
Gonçalo e Rodrigo,
Cumpre ser lembrado,
De sachar o milho,
De mondar o prado.

Se a alma te reprova
William Shakespeare/Custódio Castelo

Se a alma te reprova eu venha perto,
Jura à cega, que o teu ardor eu fosse;
Ardor tem, como saber, sítio certo,
E assim me enchas, amor medida doce.
Ardor enche de ardor a amor teu cofre,
Ai, lardeia-o de ardor!, e ardor do apronto
E bem prova que em vazadouro sofre
Se o número é grande, eu só não conto.
Então que eu passe em grupo ser visto,
Sendo um nas cotas dessa feitoria;
Tem-me em nada, se te agradar registo
De que este nada em ti é doçaria.
Faz só meu nome teu amor e amor;
E amas-me então pois eu te chamo Ardor.

Composição: Baltazar Estaço / Custódio Castelo

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