Desencilho o baio, desato a cola, água no lombo. Xergão estendido numa táboa da mangueira. No cavalete os pelegos e o lombilho, Restos de pelo nas esporas cantadeiras. Eu escorado na cancela acendo um criolo, Enquanto o baio se rebolca no potreiro. Campeio a vista que no horizonte se perde, Num fim de tarde desenhado bem campeiro.
Refaço o fogo que morreu queimando a lenha, Puxo o cepo e me chego pro costado. O ovelheiro que ficou pra traz no campo, Entra faceiro e se deita do meu lado. O sol se atora pra depois parir a noite, Lambendo o lombo da coxilha na invernada. Os quero-queros num clarim de sentinela, Fazem alaridos pro retoco da potrada.
No fogo grande vai queimando a curunilha, Aperto o mate enquanto a cambona chia. Sorvo a saudade que acalenta a minha alma, Num fim de tarde que refaz sempre meu dia. Quem tem por sina repontar a gadaria, E tem seu mundo sobre o lombo de um cavalo. A noite é curta e deita cedo nos pelegos, Que a lida empeça antes do cantar do galo.
Refaço o fogo que morreu queimando a lenha, Puxo o cepo e me chego pro costado. O ovelheiro que ficou pra traz no campo, Entra faceiro e se deita do meu lado. O sol se atora pra depois parir a noite, Lambendo o lombo da coxilha na invernada. Os quero-queros num clarim de sentinela, Fazem alaridos pro retoco da potrada.
Compositores: Cristiano Pedra Quevedo (Cristiano Quevedo) (ABRAMUS), Jaime Isenhard, Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) (UBC)Publicado em 2008 (01/Out)ECAD verificado obra #1600989 e fonograma #1433848 em 29/Out/2024 com dados da UBEM