Cristiano Fantinel
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Sentimento Tropeiro

Cristiano Fantinel


O velho peão de tropa
Que há tempos perdeu sua amada,
A lo largo em suas tropeadas
Foi cerrando a ponta da vida,
Como uma tropa estendida
Ao longo de um corredor
E o passo manso do gado
Deixou rastros no passado
E o tempo fez o fiador!

Tranqueando num corredor,
Na culatra de uma tropa,
Garoa fria tocada,
Chapéu erguido na copa.

Poncho Bueno, não bandeia,
Relíquia de Fiateci,
A baeta colorada
E a canha pura lhe aquecem.

O tordilho troca orelha
Olhando atendo pra o gado,
Um pingo de virar o xergão,
Por ele mesmo domado.

Na ronda um minuano sujo
Obriga o chapéu na aba,
Lhe toca o último quarto,
Hora em que a lua se apaga.

Já na culatra da vida
Não possui “obrigação”,
Só a saudade de um amor
Na ponta do coração.

E do ofício tropeiro
Resta o poncho por guarida,
O seu buerana estradeiro
E poucas braças de vida.

E uma saudade, de tiro,
Tranqueia junto ao tordilho.
Um sentimento tropeiro
De um viver andarilho.

Brota na alma a lembrança
De um amor que já se foi
E ele espanta a saudade
Num grito de “era boi!”

Composição: (L: Maximiliano Alves de Moraes/ M: Cristiano Fantinel)

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