Eu era um ponteiro Vaqueano de trecho Descia lançante Topeava repecho Chamando uma tropa Que vinha em tropel Eu era um tenente Meu pingo o quartel!
Nem bem se apagavam Estrelas rondeiras E o flete da marcha Ganhava forquilha Meu norte era um sol Que a terra paria No ventre fecundo D? alguma coxilha!
Na ponta Vanguarda da comitiva Não havia tempo feio E eu desbravava horizontes Com o flete barbeando o freio
A tropa tranqueava Direito ao destino Na ponta eu chamava Coração peregrino
Eu era um ponteiro De tropa comprida Daqueles que a estrada Dá o rumo da vida Dos que nunca temem O que vêm do céu Pra chuva meu poncho Pro sol meu chapéu!
Eu cortava janeiros E geadas de julho Não temia rio cheio E nem pedregulho Ganhou-me em fiador Só o tempo brasino E um coração ponteiro Guiou meu destino!
Meus quartos de lua Chegavam ao fim!
E a tropa tranqueava Direito ao destino Destino estradeiro Que o tempo tropeiro Repontou pra mim!
E a tropa tranqueava Direito ao destino E eu já na culatra Coração peregrino
Composição: Letra: Maximiliano Alves de Moares / Melodia: Cristiano Fantinel