Cristian de Freitas

Ventos de Lá

Cristian de Freitas


Vi um cidadão ilustre a se desconjurar
E na beira de um leal sorriso, viandar
Prosando com a ficção, querendo conhecer
Sobre todas as coisas da vida real
Estava encantado com os ventos de lá
E nunca via o tempo me roubar

Vi uma lagarta branca se modificar
E se transformar em borboleta
Sobre as flores murchas, mortas, sempre adormecer
E não mais suas asas entristecer
Estava encantado com os ventos de lá
E nunca via o tempo me roubar

Eu vi um homem branco mudando de pele
E vi dois cérebros decrépitos
Subestimaram as velhas negras a chorar
Duvidaram de palavras dóceis
Estava encantado com os ventos de lá
E nunca via o tempo me roubar

Vi os seus corteses a se elegerem
Enquanto as pessoas pediam um mundo novo
Para se viver em paz pra todo o sempre
Nada como um dia após o outro
Estava encantado com os ventos de lá
E nunca via o tempo me roubar

Estava encantado com os ventos de lá
E nunca via o tempo me roubar

E o tempo roubou minha liberdade
E o tempo me roubou todo o passado
E o tempo me emprestou sua verdade
E o tempo todo eu me deixei de lado

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