Cristian de Freitas

Samanta

Cristian de Freitas


Há uns dezesseis anos atrás
Eu criava uma cachorrinha
Batizei ela de Samanta
E ela ficou alegrinha

Samanta só sabia latir
Latia até com a polícia
Enquanto eu via sua doçura
O fardado só via malícia

Um dia ela escapou
Da corrente se desprendeu
Seu latido que me conquistou
Pela cidade percorreu

Samanta de pintinhas brancas
Pretinha, caso de prisão
Só queria um novo dono
Pra roubar-lhe o coração

Samanta ficou ferida
Cheia de cheiro de gente
E vivendo no mundo real
Passou a me esquecer

Eu chorei suas velas brancas
Apaguei todos os seus medos
Te contei sobre minhas vitórias
E escondi todos os brinquedos

E na noite mais escura
Uma estrela a brilhar
Só pode ser a Samanta
Querendo se manifestar

Ela abraça meu caminho
E me guia na escuridão
Mesmo assim é o meu espinho
E só me deixa sem direção

Encontraram aqueles moleques
Derrubando o nosso pedestal
E Samanta latiu gravemente
Colocou um ponto final

Samantinha, venha cá, não chore
Estarei sempre aqui contigo
Mesmo que o mundo piore
Você sempre terá abrigo

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