Casas e outras construções formam belas nações que se parecem mesmo Todo azul claro do dia faz a agonia de se andar a esmo E naqueles teus verões, os próprios corações acabam se queimando E naquela mesma tarde, mesmo com o alarde a gente vai levando Pois da vida nada sobra quando o tempo cobra, é hora de morrer Homens feitos na colheita fazem prece em seita para receber Traga um gole de larica pra eu ver quem fica pro jantar das sete Quero uma gota de dor pra sentir o amor que o mundo me remete Eu queria escravidão, mas sou um pé no chão de firme sentimento Glórias não são mais vitórias assim como tempo não anda com o vento Traga um pileque de ódio, misture no sódio a paz que está contigo E hoje o mundo inteiro vai ser brasileiro e merecer castigo As castas dominadoras e as pecadoras vão seguindo a vida Não tem sorte nem tem arte, a morte faz parte da minha despedida Traga um pouco de paixão pra que meu coração se torne esperança Nem uma palavra amiga, nem uma cantiga no olhar da criança Traga um gole de larica pra eu ver quem fica pro jantar das sete Quero uma gota de dor pra sentir o amor que o mundo me remete