Cristian de Freitas

Depois da Noite

Cristian de Freitas


Depois da noite o vento bate forte
E forte deita sob a luz solar
E o que se esconde Ă© dito como vida
E toda a vida morre no luar
A luz do sol outrora acesa está
E o nosso dia todo incendeia
Há luz na lua e há luz no poste
Há luz em tudo o que não clareia
Depois da noite os corpos se dissolvem
E as estradas ficarĂŁo menores
De tantas brigas, todo o amor insiste
Permanecer nos piores momentos
De desalento vive um homem sábio
De sonho inventado viveu um astro
De patamares viveu o construtor
Novos caminhos formaram ruĂ­nas
Depois da noite, amor despedaçado
Escureceu aquela escuridĂŁo
Todos os amores que eu sentia
Viraram dores, cores, flor em vĂŁo
Depois da noite os grilos vĂŁo embora
Pra onde há escuro, onde a luz
Pertence ao mesmo tempo qualquer hora
E onde passa o dia sem Jesus
Bateu saudade da estrela d'alma
Que acalmava os flácidos semblantes
E que encostavam os rostos do amor
Aqueles rostos meros tĂŁo distantes
Depois da noite sĂł o silĂŞncio fala
E grita alto uma grande canção
E quanto mais ele diz, mais se cala
E aqui jaz toda a escuridĂŁo
Depois que o sol chegar, aqui vou eu
Depois que o sol se deitar, aqui estarei
Depois que o sol vier, vou me esconder
Depois que o sol se pĂ´r, aparecer
Depois da noite eu quero balançar
Numa cadeira feita de madeira
Maciça, imóvel, beira-mar, história
Seja boato, fato ou brincadeira
Depois da noite batons desmanchados
E noutra vez, o mesmo mal propaga
As mesmas vozes atormentarĂŁo
E aquela vida em mim vai renascer

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