Cristian de Freitas

Alvoradeira

Cristian de Freitas


Um homem me perguntou o que eu queria
Na noite fria, para beber
Serviu-me um cálice de prole
Que dimanava da santa jura despedaçada
E então se cala a voz do anjo
Que se cansou de me aconselhar
Não mais rogava os teus domínios
E os teus encantos eram inúteis
Eu, pobre vida, transparecida
Mais parecia desentendido
Mas era alegre, dançava insano
E riscava as portas da solidão
E a alvoradeira do recinto, minha gente
Eu não minto, pra que isso?
E só fico me questionando
Sobre todo o juízo que no sábado eu perdi
Toma o cigarro da minha boca
E pita o cristal da discórdia
Que engoliu o girassol
Pareciam dois companheiros
Mas não ajudou em nada
E me levaram pro motel
Apertou-se o meu coração
Magoado pra sempre na vida
E o meu deslumbro acompanhado
De tanta gente se admirando
E eu paquerando a lucidez
E em minha náusea abrolhada
Por amistosos contrários que por tanto eu prezei
E se rezei antes saísse com um crucifixo na mão
Mas mesmo assim, seria pouco pra emocionar cidadão
Todos eles estavam maus
E tão grande era o caos que eu já me alegrei
Alvoradeira foi caindo
E eu quase me assumindo cúmplice das borboletas
As borboletas que andavam perambulantes
E também os elefantes que insistiam me chamar
E eu fui bêbado que nem lembro onde
E eu fui ébrio como quem escreveu dialetos
E eu fui pela alvoradeira

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