Um homem me perguntou o que eu queria Na noite fria, para beber Serviu-me um cálice de prole Que dimanava da santa jura despedaçada E então se cala a voz do anjo Que se cansou de me aconselhar Não mais rogava os teus domínios E os teus encantos eram inúteis Eu, pobre vida, transparecida Mais parecia desentendido Mas era alegre, dançava insano E riscava as portas da solidão E a alvoradeira do recinto, minha gente Eu não minto, pra que isso? E só fico me questionando Sobre todo o juízo que no sábado eu perdi Toma o cigarro da minha boca E pita o cristal da discórdia Que engoliu o girassol Pareciam dois companheiros Mas não ajudou em nada E me levaram pro motel Apertou-se o meu coração Magoado pra sempre na vida E o meu deslumbro acompanhado De tanta gente se admirando E eu paquerando a lucidez E em minha náusea abrolhada Por amistosos contrários que por tanto eu prezei E se rezei antes saísse com um crucifixo na mão Mas mesmo assim, seria pouco pra emocionar cidadão Todos eles estavam maus E tão grande era o caos que eu já me alegrei Alvoradeira foi caindo E eu quase me assumindo cúmplice das borboletas As borboletas que andavam perambulantes E também os elefantes que insistiam me chamar E eu fui bêbado que nem lembro onde E eu fui ébrio como quem escreveu dialetos E eu fui pela alvoradeira