Era uma vez uma pátria amada
De muita honra, idolatrada
Todo mundo era cidadão
Todos mantinham o pé no chão
Mas certo dia, o presidente
Decidiu algo tão indecente
E a pátria amada, idolatrada
Campo de guerra era dali pra frente
A paz inteira tinha morrido
Se é que um dia havia nascido
Nem os defuntos descansavam mais
Nenhum filho respeitava os pais
O presidente inconformado
Daquela decisão ter resultado
Naquela guerra, em um tumulto
Nenhum crente frequentava o culto
Era uma demo, não mais cracia
Samba Crioula, vem da Bahia
Os habitantes se revoltaram
E todos eles, se transformaram
Não trabalhavam, não tinham grana
Não tinham compaixão, nem mesmo fama
Não almoçavam, nem mais jantavam
E nessa guerra eles se acabavam
As criancinhas quase morrendo
E toda a fruta apodrecendo
Toda a gentalha enriquecendo
Todo o país, um tormento sendo
O presidente voltou atrás e decidiu nada de nada
Agora o fato é que a nação virou miséria, virou errada