Vi um sujeito de terninho engomado Este coitada tinha entrado numa fria Um alagoano, pai de uma filha somente Quis fazer ele casar na delegacia
Mas o sujeito era malandro e maloqueiro É desse tipo que ninguém não agradece Mas quando viu o delegado foi dizendo ("-Ô seu delega, meu chapa, manera a barra aí, vê se me esquece, legal! Borracha nesse malandro! Não foi legal, entrei pro cano")
Um japonês por nome Tapa Na Caneca Fez uma briga na sua tinturaria O italiano que era gordo e banguela Não quis pagar uma continha que devia
Foi cabeçada que saiu pra todo lado O garantido pra pagar não aparece O italiano quebrou tudo e foi dizendo ("-Que porca pipa ê rapaz, manera a barra aí, vê se me esquece, é I garantido precisa pagar japon né? Se num pagar japon, japon não recebe e muié de japon nervoso fica né? Japon cabeça seu bate né? Mama mia, entrei pro cano")
Um velho turco tinha o nome de Nagib Vendeu um terno pra um sujeito português Mas o Manoel que veio lá de Portugal Não era burro, veja só o que ele fez
Por muito tempo não mostrou a sua cara O velho turco chegou até fazer prece Um certo dia foi cobrá o português ("-Ralhos parta o diabo Manoel aí você me esquece, eu falá pra cê precisa pagá conta preu. Se num paga conta preu fala pra Nagiba Zabadeu bate no cabeça seu Ralhos parta o diabo, entrei pus cano")
Vi um pinguço que tava de cara cheia Porque de pinga tinha ido um garrafão Fez uma briga, levou logo a mão na oreia Em dez segundo tomou trinta pescoção
Veio a polícia pra levá este sujeito E sem demora foi descendo o cassetete Mas o pinguço olhou bem para o tenente ("-Ô seu praça, manera a barra aí, vê se me esquece Seu praça não ouviu? Eu sou tenente Pois é seu sordado, manera essa aí Borracha neste pinguço Í, entrei prus cano")