Colônia Blindada
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Criador do Sorriso

Colônia Blindada


A solidão me fascina
Com seu jeito tão denso
Me fazendo lembrar daquele céu tão sereno

E a tempestade piora
Me deixando sem sono
Deitado em um barco que navega ao vento

Mas meu barco naufragou
E eu fui encontrar

No fundo do oceano
Toda a paz e a alegria
Que eu vivia a contar
No decorrer dos tais dias
E ao soltar cada bolha
De ar que eu prendia
Ficava um passo mais perto
Do segredo da vida

A ao acordar já estava
Na superfície
A ao perguntar ninguém soube
Responder o que eu disse
Me deparei em um lugar
Que não conhecia
Estava perdido e sem
Nenhuma companhia

Ao caminhar encontrei
Uma menina chorando
Sob o pé de cerejeira derramava o seu pranto

Segurou em minhas mãos
E me contou uma história,
Me contou a história do seu coração sangrando

Então enxuguei suas lágrimas
E lhe disse no ouvido

Palavras doces e simples
Do meu dia-a-dia
Pus sua cabeça em meu ombro
Pra lhe arrancar a agonia
Já com a aparência melhor
Me falou "Obrigado"
E via verdade em seus olhos
Mesmo que ainda acuados

Então um beijo nasceu
No meio de um desespero
E a mão fi moldando
O seu encaixe perfeito
Mas o soldados marchavam
Pois já tinham um culpado
Me arremessaram na jaula
E então eu fui açoitado

Preso por um crime
Que eu não cometi
E que eu nem sequer fazia ideia do que se tratava

A menina tentaria
Provar minha inocência
Mas a sentença já havia sido decretada

E o chicote batia
Dividindo minha carne

Quando o meu sangue caía
Caía o seu choro também
E cada vez que eu apanhava
Me sentia tão bem
Pois me lembrava da regra
Regente do país
Que diz que é proibido
Qualquer um ser feliz

Na hora da minha morte
A menina chorando
E eu tentando acalma-la
Pois era parte do plano
Ela ficava chorando
E eu partia tranquilo
Pois sei que antes de ir
Eu plantei um sorriso

E ele é só um começo
Dessa reação em cadeia
Que cria a revolução
Nesse país da tristeza

Que desse dia em diante
O sorriso passe a ser
A marca de quem se negou
A ver o outro sofrer

"Eu me neguei a ver o outro sofrer" (x2)

Composição: Lucas de Macedo

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