Foi num rápido click,
Um maço de Marlboro eu peguei.
Juntei um Jack Daniel's envelhecido,
Joguei na mochila e fechei.

De jaqueta amarrada na cintura,
Abri a porta e a escuridão enfrentei.
Saindo pra rua sem destino,
Nem uma carta de adeus eu deixei.

Andando por aí pessoas sempre robóticas,
Se amam mas se odeiam.
Seguindo pelo fluxo negativo da razão,
De falsas ambições se recheiam.

Criados pelos medos,
Crescidos pela mesma ilusão.
Envelhecidos pelos erros,
Sem nunca terem tido razão.

Criados pelos medos,
Crescidos pela mesma ilusão.
Envelhecidos pelos erros,
Sem nunca terem tido razão.

Rumo à rodoviária,
Pego um ônibus. Destino: qualquer um.
Me enfio no primeiro boteco,
Acendo um cigarro e peço um copo de rum.

Deitado na areia, observando a lua,
Sinto a brisa do mar.
Ares puros invadem minhas veias,
Com certeza aqui vou ficar.

Num rápido instante eu tudo deixei,
Para agora enfim achar tranquilidade.
Olho para os lados e vejo semelhantes,
Que excluíram suas vidas para uma nova verdade.

Saindo do mistério encontrei o paraíso,
Sim! O máximo que pude, ajudei.
De tudo o que fiz não me arrependo,
Pois agora tem sentido o que falei.

Criados pelos medos,
Crescidos pela mesma ilusão.
Envelhecidos pelos erros,
Sem nunca poderem dizer não.

Criados pelos medos,
Crescidos pela mesma ilusão.
Envelhecidos pelos erros,
Sem nunca terem tido razão.

É sem sentido!