Cleyton e Cristiane
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Moça da Estrada

Cleyton e Cristiane

Volume 4


Moça da estrada, flor desfolhada pelo abandono, caminhoneiro, longe da esposa, longe do lar
Busca em seus braços matar desejos do amor distante, de quem rodando não sabe quando vai regressar
Porque não digo toda verdade, que os seus lábios, são mais gelados do que a neblina do madrugar
Você fingindo que está amando, deseja apenas, em qualquer posto, um quarto pobre para pousar

Moça da estrada
os braços teus
também já foram
longa pousada dos sonhos meus

Moça da estrada, pouso forçado na encruzilhada, onde a saudade ali se encontra com a solidão
Vidas cansadas, empoeiradas que vem de longe, por cordilheiras, curvas e lamas de muito chão
O fogo ardente de vossos beijos dura uma noite, no outro dia, nem de seu nome vão se lembrar
Naquele posto, beirando a estrada, você sozinha, espera outro caminhoneiro por lá passar

Composição: José Fortuna/Tião do Carro

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