Claudio Agá
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Pessoas Ímpares

Claudio Agá

À LUZ DOS 20 ANOS


Novas que chegam do front
Atravessam os mares
Mesmo que eu não lhes conte
Amanhecem nos bares
Várias águas de uma só fonte
Já tomaram os ares
Marcham sobre uma só ponte
E não há quem os pare

Elegem canções
Usam blusões
São uns milhões
De pessoas ímpares
Se acham tão singulares
Não há quem se equipare!

Compram os novos magazines
Em bancas de revista
O que talvez lhes ensine
A moda vanguardista
Fazem seus próprios fanzines
Mas reproduzem as listas
Talvez tudo lhes fascine
Por serem elitistas

Frios como gelo
Pintam o cabelo
São o modelo
Das pessoas ímpares
Em Londres, 'in' Paris
Se acham tão notáveis!

E na madrugada
A tal vanguarda
Se conchava
Põe-se em guarda
Contra a invasão nacional


A nova tendência europeia
Coisas do Velho Mundo
Tomou o Rio e a pauliceia
E pela porta do fundo
Chutaram nossa geleia
Produto vagabundo
Nossa arte não tem ideia
O Novo é oriundo

Com o que era 'beat'
Já fizeram 'kitch'
Pra que a gente imite
As pessoas ímpares
Fórmulas infalíveis
São forças imbatíveis!

E após a guarda
A pós-vanguarda
Aposta em nada
E apostulada
Posiciona-se universal

Toda a cidade é um só gueto
Patrulhas e escolta
Soa a sirene do medo
Estão a sua volta
Boca que abrem no espeto
O grito nunca solta
Muitos que hoje usam preto
Ontem foram 'Travoltas'

Tribo nação
Pobre imposição
Não são o que são
As pessoas ímpares
Não!
Enxergam o simples
São!
São usadas por interesses!

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