Clara Peya

¿Quién Se Atreve a Hablar? (tradução)

Clara Peya


Quem se atreve a falar?


Quem se atreve a falar de periferias?

Um fluxo diferente em cada artéria

estou dentro mas fora

eu pertenço sem madeira

Você não me vê e eu sobrevivo

está remando


Quem se atreve a falar de um subúrbio?

Um desafio lendário

Uma equação com um produto ruim

O resultado de ser mudo

A esta presença te incomoda

está remando


Mas eu não sei se posso falar sobre isso

E você continua preenchendo a lacuna

Matando a abundância de amor

E eu continuo trançando meus dedos

Pisando nos desejos de luzes selvagens

De feridas que curam quando descobertas

das noites do vulcão


Quem se atreve a falar de distâncias?

Esse sentimento de morte em vida

Esse olhar que está vazio

Essa espera que é infinita

solidão com corpo e rosto

está remando


Mas eu não sei se posso falar sobre isso

E você cultiva quilômetros de asfalto

Silêncios que são saltos sem colchão

E eu continuo soprando as cinzas

Costurando margaridas que eles jogam ao vento

Respostas murchas último suspiro

das noites do vulcão


Quem se atreve a falar?

¿Quién Se Atreve a Hablar?


¿Quién se atreve a hablar de periferias?

Un fluir distinto en cada arteria

Un soy de dentro pero fuera

Un pertenezco sin madera

Un no me ves y sobrevivo

Es remar


¿Quién se atreve a hablar de un extrarradio?

Un atrevimiento legendario

Una ecuación con mal producto

El resultado de estar mudo

Un te molesta esta presencia

Es remar


Pero de eso yo no sé si puedo hablar

Y tu sigues salvando las distancias

Matando la abundancia del querer

Y yo sigo trenzándome los dedos

Pisando los deseos de luces silvestres

De heridas que curan al ser descubiertas

De noches volcán


¿Quién se atreve a hablar de lejanías?

Esa sensación de muerte en vida

Ese mirar que está vacío

Ese esperar que es infinito

La soledad con cuerpo y cara

Es remar


Pero de eso yo no sé si puedo hablar

Y cultivas quilómetros de asfalto

Silencios que son saltos sin colchón

Y yo sigo soplando las cenizas

Cosiendo margaritas que lanzan al viento

Respuestas marchitas último aliento

De noches volcán


¿Quién se atreve a hablar?

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