Cidadão José
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O Que Corre na Veia

Cidadão José

Poesia Abstrata


Buscando inspiração pra não ser tão ruim e tal vou vivendo o dia a dia sempre mais real
To pra somar não pra subtrair o quanto aprendi ouvindo rap desde pivete certo moleque quase um Mc
Assim me fiz um ouvinte do rap verdade, me identifico com as batidas às passagens
Os enredos as historias te envolvem seja, você do gueto, ou seja, você pobre ou sofre ou corre, contra os loques move a sorte a fé o porte no mundo tem que ser forte
Pra entender o rap, tudo aquilo que na vida falta
Do malandro que vive a corrida do dia ao que canta e coloca na pauta
Toda sua guerra e a indignação contra esse sistema
Corrupção do alto escalão somente elite entra no esquema
Fraudes em licitações o povo é feito de otário
Enquanto isso os doutores aumentando o seu próprio salário
E o de seus comparsas, muitas farsas, dinheiro sujo é a fortaleza inteligência são as suas armas
Depois não venham reclamar em rede nacional, vocês dessa política são o exemplo de mil grau
Pra essa gente esquecida, muitos "parsas" não têm o que perder na vida
Sai pro arrebento, não ta de brincadeira no adianto é frente marcou virou peneira
Sai com o malote só levantou poeira ele cruzou foi fita dada logo "cata" de primeira
É desse jeito da sua maneira, pra levantar um dinheiro, fazer qualquer besteira

Mais eu não tenho nada a ver com a vida alheia, o swing do gueto corre na minha veia
Eu não tenho nada a ver com a vida sua aqui é periferia doido escola da rua

Eu não tenho nada a ver com a vida alheia, o swing do gueto corre na minha veia
Eu não tenho nada a ver com a vida sua aqui é periferia doido escola da rua

Conheço bem o ser que sofre sangue bom persistência é o pensamento pra que tem o Don
De viver a vida driblando as dificuldades, aprendi com raça esse futebol na malandragem
Já sofri faltas em todas levantei, se to no lance em mim eu sempre acreditei
Eu vou na sede é e esse jogo é pra ganhar, faço gol faltando um minuto pra acabar
Num fininho papo zen se perder pras coisas ruins vai empatar com quem
Então deixei na rede
E fui correndo pra vibrar, com quem torceu por ser real ter seu lugar valeu
Cada derrota trazendo uma lição nunca pensar em desistir se estiver nessa ocasião sai
Nem vem na bota me da licença irmão to numa de ficar sozinho e tirar minha conclusão
Enquanto a gente vai jogando o jogo da vida o sistema quer fechar tudo quanto é saída
E qual a alternativa da cannabis sativa, você tem craque, cocaína e um campinho de bola na esquina
Sem pai que disciplina, num barraco que em cima, é brasilit e em baixo é barro com resina
Só a fé traz a paz e ilumina eu acredito nela e na proteção divina
Eu sonho, sonho, sonho e umas fita, é real é só sonhar não da pra ser igual
Ostentar riqueza, gerar desigualdade
Ser desses que se sentem o topo da sociedade
Olhares que desprezam outra realidade
Pra ter só aparência e pura vaidade com ar de impaciência, superioridade
Perdendo a consciência, não há necessidade irmão
De enquadrar, levar tudo que tem, a chave do carro tira o relógio e tudo os ouros também é o que eles mereciam
Por cada nojo cada desprezo cada desfeita
Mas não quero por atrás da grade a minha cara feia

Mas se acontecer fazer o que, é a lei da sobrevivência a gente tem que viver
Mas se acontecer fazer o que, é a lei da sobrevivência a gente tem que aprender

Mais eu não tenho nada a ver com a vida alheia, o swing do gueto corre na minha veia
Eu não tenho nada a ver com a vida sua aqui é periferia doido escola da rua

Eu não tenho nada a ver com a vida alheia, o swing do gueto corre na minha veia
Eu não tenho nada a ver com a vida sua aqui é periferia doido escola da rua

Composição: Sergio Nunes/ Renato Gomes/ Vitor Oliveira

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