Chrystian e Ralf

Ferreirinha

Chrystian e Ralf

Yolanda


Eu tinha um companheiro
Por nome de ferreirinha
Nós lidava com boiada
Desde nós um rapazinho

Fomos buscar um boi bravo
No campo do espraiadinho
Era vinte e dois quilômetros
Da cidade de pardinho

Nós chegamos no tal campo
Cada um seguiu pra um lado
Ferreirinha foi num potro
Redondão muito cismado

Já era de tardezinha
E eu já estava bem cansado
Não encontrava o ferreirinha
E nem o tal boi arribado

Naqui lá vistei o potro
Que vinha vindo assustado
Sem arreio sem ninguém
Fui ver o que tinha se dado

Encontrei o ferreirinha
Numa restinga deitado
Tinha caído do potro
E andou pelo campo arrastado

Quando vi meu companheiro
Meu coração se desfez
Apeei do meu cavalo
Com tamanha rapidez

Chamava ele por nome
Chamei duas ou três vez
E notei que estava morto
Pela sua palidez

Pra levar meu companheiro
Vejam quanto eu padeci
Amarrei ele pro peito
E numa árvore suspendi

Cheguei meu cavalo embaixo
E na garupa desci
Com o cabo do cabresto
Eu amarrei ele depois

E saí pelo tal campo
Tão triste, tão amolado
Era um frio do mês de junho
Seu corpo estava gelado

Já era uma meia-noite
Quando eu cheguei no povoado
Deixei na porta da igreja
E fui chamar o delegado

A morte deste rapaz
Mais do que eu ninguém sentiu
Deixei de lidar com o gado
Minha inclinação sumiu

Quando lembro essa passagem
Franqueza me dá arrepio
Parece que a friagem
Das costas ainda não saiu

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