O zaino negro tapado se casco com meus arreios Quando apertei o cinchão, nem tinha botado o freio Mesmo maneado o veiáco, se boleou matando pasto Sujou meu pelego novo Quase arrebenta meu basto
Bem que tinham me avisado que ele era flor de atrevido Por isso é que eu tenho nojo, destes matungo 'bulido' Levantei ele no relho, se parou todo ouriçado Com o lombo que é uma laranja me olhando de atravessado
Beiçudo toma tenência Respeita esse índio cru Pois se botar na balança, eu sou mais chucro que tu (2x)
Eu todo de pilcha branca Facero qual 'ganso novo' Bem louco pra me luzir Pra o chinaredo do povo Pego o grito alçando a perna, eu quero se tu quiser Vai te servindo compadre, Do aço dos meus talher
Se tu te empaca, eu te engancho, Se te arrastá, o mango pega E assim nós se vamo embora Tentiando nesta refrega
Mas uma coisa eu garanto, Que enquanto vai te brandiando Que tu me leva pras china Nem que seja corcoveando
Beiçudo toma tenência Respeita este índio cru Pois se botar na balança, eu sou mais chucro que tu (2x)
Pois se botar na balança, eu sou mais chucro que tu.. Se tu pesar bem na baçança.. Eu sou mais chucro que tu!