Troveja mágoas o agosto Baldas de tempo grongueiro! Trago amilhado um parceiro Patas brasinas, gateado Que quando o dia é dos brabos E o passo se para fundo Num posto, num fim de mundo É quem tira garreado.
A vacage do espinilho Vem despejando terneiro E o destino de posteiro Se arrocina no serviço Compromisso é compromisso Não tem de boca entaipada Quando não chove cai geada O inverno é feito pra isso!
Num posto, num fim de mundo As leguas são mais compridas As tardes mais encardidas E as horas custam passar Camperear e camperear É o que me toca na vida Graças a Deus tenho a lida! Que me permtite sonhar.
O "Campomar" encharcado Já pesa mais um "poquito" E o vento segue maltido Riscando o vão da canhada Uma borrega atracada... Não deu pra salvar o cordeiro! É assim o mundo campeiro "As vez" se perde a parada.
Desencilho no galpão Onde a intempérie se acalma O mate aquece a alma Sustenta o vicio profundo Um rádio gasta os segundos Entre milongas e prosas E a noite dentra morosa Num posto num fim de mundo.
Compositores: Anomar Danubio Machado Vieira (ABRAMUS), Rogerio de Azambuja Melo (Rogerio Mello) (ABRAMUS)Publicado em 2005 (20/Jun) e lançado em 2005 (10/Abr)ECAD verificado obra #1643442 e fonograma #941056 em 28/Out/2024 com dados da UBEM