Solito e manso na solidão de algum posto Pensando longe mateio "bombeando" a lua Quando a lembrança se "potreia" e " vira as garra" Sempre me agarra sentindo saudades tua
Se eu não tivesse que andar rolando no mundo "guasqueando" a sina de ter nascido "encruado" "acolherava" minha estampa em tua alma Serena e calma eu deixava de andar alçado
Foi o destino que fez com que eu me perdesse Pela distância que se "agranda" e me carrega Com meu sombreiro debochado das tormentas Das que arrebenta escabelando macegas
De ponta a ponta vou cruzando esta querência Golpeando potro e pechando boi nos refugos Pois não me entrego nem pra o guascaço mais forte Só mesmo a morte pode me quebrar o sabugo
Pra "querendona" flor de prenda meu amor Eu ofereço minha estampa de campeiro E se o tempo não se fizer de carancho Eu ergo um rancho "n'algum" recanto fronteiro
Pra escora o golpe das galopeadas do inverno E vento bravo que assovia das bibocas A quincha grossa de "santa-fé" e "estraladeira" Será trincheira pra um teatino e uma chinoca
E quando o sol brilhar mais cedo e mais forte E a primavera alvorotar o meu rincão Serei mais taura em domas e gineteadas Das campereadas erguerei poeira do chão
E a flor mais linda que florescer será ela Frente ao galpão no clarão de um riso largo Pra me dá um beijo quando eu voltar estropiado Pedindo agrado de carinho e mate amargo.
Compositores: Cesar Oliveira de Souza (Cesar Oliveira), Rogerio Andrade Vijagran (Rogerio Villagran) ECAD: Obra #280079 Fonograma #1451599