Cesar Oliveira e Rogério Melo

Mas Que Baita Gauchada

Cesar Oliveira e Rogério Melo


Numa lobuna, potrinha boba de freio
Apertei bem os arreios, e larguei no rumo da aguada
pra "tomá" um trago e "atirá" um osso ferrado
No bolicho do "Pintado", metendo "suerte clavada"

Trote Monarca, cacho atado a cantagalo
Pois se ando de a cavalo não é de medo das cobras
Ganho minha vida pechando boi sobre as garras
E ás vezes faço uma farra, sempre que a "plata" me sobra

Vinha cruzando, num rancho costa de cerro
E nisso me atira um beijo, uma linda na janela
"Nego" pachola já quis me luzir pra outra
Levei o corpo na potra e esbarrei lá junto dela

Achei bonito e fiz uma graça com o pala
E a lobuna se resvala e prende um coice nos "talher"
Perdi os estribos, de pronto as rédeas me toma
Fui botar fora essa doma só por causa de mulher

Peguei o grito e a lobuna não me ouviu
Em duas se repartiu mandando lombo comigo
Me agarrou mal, e eu tive que "cruza" a perna
Só Deus é quem me governa...mas eu respeito o perigo!!!

Mas que serviço, mas que baita gauchada...!
Na frente dessa morada perfumada de jasmim
Fiquei de a pé, e ela rindo na cancela
E essa linda da janela nem era tão linda assim.

Compositores: Carlos Augusto Bayan Madruga (Carlos Madruga), Anomar Danubio Machado Vieira
ECAD: Obra #2319032 Fonograma #1199382

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