O sol que mal tinha clareado Naquela manhã traiçoeira Se escondeu na polvadeira De um corcovo debochado Que encordoava cadenciado No embalo de cada berro Toureando a força dos ferro De quem vinha enforquilhado
Já da sala pra cozinha Vinha igual mala de loco Se defendendo no soco Daquela maula mesquinha Que se mostrava daninha E muito mais revoltosa, Pra o irmão do Antônio Rosa E cria da Velha Dadinha.
Era bem "veiaca" a tostada Que corcoveou com o João Pedro Segunda-feita bem cedo No alvoroço da pegada Me alembro que a cachorrada Faz um costado pra o negro Que já vinha sem sossego Forcejando tipo bicho Quase igual a um carrapicho Agarrado nos pelegos
Tivesse montado mal Nem cruzava da porteira Onde a tostada grongueira Se guasquedou e tirou o buçal Arrenegada do Bocal Trazia o Negro garreado Num vai e vem chamarreado Que assusta inté o mais bagual
Nunca vi côsa mais feia Não é fácil, mas é lindo Quando o mundo vem sumindo Pra o índio que gineteia Pois se a vida corcoveia Buscando a volta mais braba Quem facilita desaba Quando o destino garreia
Compositores: Cesar Oliveira de Souza (Cesar Oliveira) (ABRAMUS), Rogerio Andrade Vijagran (Rogerio Villagran) (ABRAMUS)Publicado em 2007 (20/Mar) e lançado em 2007 (10/Mai)ECAD verificado obra #2815237 e fonograma #1199388 em 28/Out/2024 com dados da UBEM