Tomei um trago de canha E virei o cano da bota Dei "uns" grito no potreiro E voltei os boca de grota Arrastei as minhas "pobrezas," Bem pra o meio da mangueira E a matungada na volta Fazia uma povadeira.
Embuçalei o mais quebra Que já no primeiro arranque Fez que se assustou da cola E se abraçou com o palanque, Prendi lê o chergão na cara E aticei a cachorrada Levantou uma ventania E as bruxas davam risada.
Quando eu amanheço loco Até o diabo se apavora Encilho até "lobisomem" E risco o "malo" de espora Pois bicho que faça rastro Comigo conhece as normas Apanha se esconde o toso E atende ao grito de forma.
Me acomodei nos arreios E tenteei "dum" estribo ao outro Quebrei meu chapéu na testa E gritei que largasse o potro Saltou "cuspindo nos pulso" Quando lhe abracei com os ferro E o mouro-pampa enganchado Chamou meu nome num berro.
Quase que trocou de ponta "Tai" o "João Pedro" que diga, E quando se levantava Chegava a mostra a barriga E eu guasqueando cruzado Achava lindo o retoço E sarandeava as "rodaja" Sobre a tábua do pescoço.
Sentado nos meus "recaus" Me paro cheio de manha Pois quando eu largo a cabeça Só minha sombra me acompanha Sou fronteiro e não refugo O maula por desgraçado A china me alcança as garras E o sol me faz um costado.
Compositores: Cesar Oliveira de Souza (Cesar Oliveira) (ABRAMUS), Rogerio Andrade Vijagran (Rogerio Villagran) (ABRAMUS)Publicado em 2003 (04/Set) e lançado em 2003 (01/Out)ECAD verificado obra #1615303 e fonograma #1451602 em 28/Out/2024 com dados da UBEM