É coisa braba quando um "murco" se embodoca Mete as patas na ?cangaia? e esconde a cara abrindo toca Parece que o chão se muda vai pra "hiba" do chapéu e a gente tem a impressão de andar pisando no céu Me vou na boca de um ?maula? campeio e não acho a doma Um tigre fugio da jaula e se foi batendo carona Resta então um reio brabo o dente afiado da espora Uma mancha de campo limpo e a fé em nossa senhora
É coisa braba quando um touro se renega Vira a cabeça pra grota e sai esmagando macega Troveja o céu do rio grande treme o chão "num" atropelo E a pátria pampa ferve no sangue quando arrepia o cabelo É ai que um doze braças se desata sem receio E que se conhece a raça de um vivente dos "arreios" Cruza o rasto... Cruza o rasto e empurra o tento No templo do campo a fora peço a benção pra esta armada pra Deus e nossa senhora
Nossa senhora nossa santa aparecida Proteja o pago gaúcho nestes ?corcóvios? da vida Eu te carrego na copa deste sombreiro pois nada é mais poderoso que a fé de um índio campeiro.
Compositores: Anomar Danubio Machado Vieira (ABRAMUS), Mauro Sergio Montenegro Moraes (Mauro Moraes) (ABRAMUS)ECAD verificado obra #2935740 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM