Cesar Oliveira e Rogério Melo

Campo E Fé

Cesar Oliveira e Rogério Melo


# Camila L. Moraes.

É coisa braba quando um "murco" se embodoca
Mete as patas na ?cangaia? e esconde a cara abrindo
toca
Parece que o chão se muda vai pra "hiba" do chapéu e
a gente tem a impressão de andar pisando no céu
Me vou na boca de um ?maula? campeio e não acho a
doma
Um tigre fugio da jaula e se foi batendo carona
Resta então um reio brabo o dente afiado da espora
Uma mancha de campo limpo e a fé em nossa senhora

É coisa braba quando um touro se renega
Vira a cabeça pra grota e sai esmagando macega
Troveja o céu do rio grande treme o chão "num"
atropelo
E a pátria pampa ferve no sangue quando arrepia o
cabelo
É ai que um doze braças se desata sem receio
E que se conhece a raça de um vivente dos "arreios"
Cruza o rasto...
Cruza o rasto e empurra o tento
No templo do campo a fora peço a benção pra esta
armada pra Deus e nossa senhora

Nossa senhora nossa santa aparecida
Proteja o pago gaúcho nestes ?corcóvios? da vida
Eu te carrego na copa deste sombreiro pois nada é mais
poderoso que a fé de um índio campeiro.
Compositores: Anomar Danubio Machado Vieira (ABRAMUS), Mauro Sergio Montenegro Moraes (Mauro Moraes) (ABRAMUS)ECAD verificado obra #2935740 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM

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