"Olha a mangueira cavalo! Ecoa lá no potreiro Vem se tropando matreiros sobre o charco do barral Encosta potros na forma, roncando ventre e virilha Até que toda a tropilha mete a cara no buçal
Graxa pingando na brasa, ronco de mate e cambona E um tilintar de choronas lavrando o chão do galpão E o movimento da encilha deixa a cuscada latindo E eu adelgaço meu pingo no abraço do cinchão
Quatro galhos bem atados lá na grimpa do sabugo Que eu sou de pechar refugos contra a estronca da porteira Depois de bem estrivado sobre o esteio dos loros Solto um silbido sonoro pra minha escolta ovelheira
É em direção do rodeio que se laça terneiro novo E eu não aprendi no povo essa ciência campeira Ando sovando cavalo, curtindo couro no basto Bolqueando rastro de casco Benzendo peste e bicheira
Saio a tranquito pra o campo assoviando uma toada Mirando a estampa encarnada do horizonte fronteiro A barbela com coscorro duetam com maestria Regendo uma sinfonia no aço branco do freio
Aparto a vaca com cria é um mandamento campeiro E a precisão de campeiro tá no punho e na armada Num pealo de sobre lombo abro pra fora o picaço E o terneiro tá no laço e a vaca com a cachorrada."
Compositores: Luis Andre da Silva Oliveira (Andre Oliveira) (ABRAMUS), Marcelo Oliveira de Oliveira (Marcelo Oliveira) (ABRAMUS)Editor: Vertical Solucoes Ltda (SOCINPRO)Publicado em 2007 (18/Set) e lançado em 2007 (20/Out)ECAD verificado obra #1165110 e fonograma #1304734 em 28/Out/2024 com dados da UBEM