Enquanto o mundo for mundo E um potro arrastar o toso Se "orquetá" num cusquilhoso Será ginete constância E na mangueira das estâncias A formar a cavalhada Haverá uma reservada Para que alguém prove o tranco E há de estar um MINGA BLANCO P`ra topar essa bolada.
Filósofo de à cavalo SARAGOZA - um cruzador Esse platino condor Que tempo adentro revoa E a sua fama encordoa Para amansar os anseios Socando bocal e freios Nas esperanças potreadas No seu reino das estradas Sobre o trono dos arreios.
"Sid" VIGIL - potreador Por todo pago que ande Ginete do meu Rio Grande Raiz de pátria e querência Largando sua descendência Sobre petiços d`em pêlo É um gauchaço modelo Grudado em lombos de potros E mesmo que surjam outros Servirá qual um sinuelo.
Dom RAUL BELICIARTU Irmão de pátria parceira Que atravessou a fronteira Trazendo potros por diante Um ginetaço - um andante Amanuciando as distâncias Domando léguas de ânsias Repassa sonhos bolidos E galopeia os sentidos No varzedo das estância.
ALMEIDA - melena branca Centauro nesta fronteira No laço e na boleadeira Traz maçarocas de crina É um cacique na campina Com "lunarejos" de "allá" O rancho de lado de cá A divisa - um fio de lombo E as esporas que é um assombro Nos costilhar do Aceguá.
JARDIM, SILVA E ALBERDANHA E outros que omiti Me perdoem, porque aqui O tempo se pára escasso Já na presilha do laço O verso é tropa - se afina Já rebentou toda crina E falta força na perna É a lei que nos governa O que começa, termina.