Estava sentado na porta A porta fechada estava e ninguém abria Estava sozinho na porta Janelas fechadas que estavam
E ninguém abria Sozinho na multidão Sozinho sem a compaixão da sociedade E toda a gente dizia
Quando corro, quando digo Onde estou Vou do Porto a Lisboa Sem nada a fazer
Sem nada a esconder Como um vagabundo que não sabe o que faz Que não sabe o que tem Que não tem um destino
Como um vagabundo que não sabe de onde vem Que não sabe para aonde vai Que não sabe o que é Que não sabe para aonde vai
Que caminha com um saco nas costas Sem um destino marcado Que não sabe para aonde vai Que não sabe de onde vem
Que não sabe para aonde vai E sozinho estou Olhando para as estrelas Um céu cinzento e um escuro de inverno
Com as mãos frias geladas Com os pés descalços e sem nada para comer Estou Quando digo, quando corro
Quando corro, quando digo estou aqui Estou contigo, peço ajuda e ninguém quer ouvir Bato nessa porta fechada e ninguém que abrir Oh, oh oh, oh, oh oh, woman