Carlos Nobre

Edredon

Carlos Nobre


Vai longe o tempo
em que se a noite era de prata
violÔes em serenata
tingiam o céu de amor

e a morena
da janela ou do balcĂŁo
se gostava da canção
sorria ao trovador

Hoje a morena
vive em Copacabana
e todo bairro engalana
lå de um décimo andar

Vai quando Ă© noite
Ă  boate ou ao cinema
e nĂŁo se lembra, que pena
da existĂȘncia do luar

Antigamente, Ă  luz fosca
de um lampeĂŁo
uma trova, uma canção
era o quanto bastava

pois a morena
relembrando o amor primeiro
abraçava o travesseiro
e docemente sonhava

Mas hoje a voz
de um plangente violĂŁo
nĂŁo transpassa o edredon
que o seu corpo acaricia

e que fazer
nĂŁo pode haver retrocesso
ante a força do progresso
meu violĂŁo silencia.

Composição: Adelino Moreira

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