Carlos Alberto
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Violões em Funeral

Carlos Alberto


Vila Isabel veste luto,
Pelas esquinas escuto,
Violões em funeral
Choram bordões, choram primas,
Soluçam todas as rimas,
Numa saudade imortal
Entre as nuvens escondida,
Como de crepe vestida,
A lua fica a chorar
E o pranto que a lua chora,
Goteja, goteja agora,
Nos oitis do boulevard

Adeus cigarra vadia,
Que mesmo em tua agonia,
Cantavas para morrer
Tu viverás na saudade,
Da tua grande cidade,
Que não te há de esquecer
Adeus poeta do povo,
Que ressuscitas de novo,
Quando na morte descambas
Sinhô, de pele mais clara,
No qual o senhor encarnara,
A alma sonora dos sambas

Meu violão chora tanto,
Soluços e muito pranto,
Sobre o caixão de Noel
Estácio, Matriz, Salgueiro,
Todo o Rio de Janeiro,
Consola Vila Isabel.
Confirmação de Idade

Esta letra possui restrição de idade, você deve ter mais que 18 anos para acessá-la.

Compositores: Sebastiao Fonseca (Tiao Fonseca) (SICAM), Silvio Caldas (SBACEM)Editor: Editora e Importadora Musical Fermata do Brasil Ltda (UBC)Publicado em 2005 (08/Set) e lançado em 1993 (17/Fev)ECAD verificado obra #40383 e fonograma #923994 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM

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