Eu era ainda muito moço Mas modéstia a parte de bom sentimento E foi com relativo esforço Que fui garantindo o meu casamento
Fiz planos e diversos planos Uns deram certo e outros não Assim se passaram os anos Resumindo tudo em decepção Ai, ai, ai
Com sacrifício fui lutando Para dar conforto à minha família Que ia sempre aumentando Com o nascimento de filhos e filhas
A minha esposa era boa Mas foi ficando tão ruim E por qualquer coisinha à-toa Jogava as crianças todas contra mim Ai, ai, ai
Queria que eu ficasse preso Igual passarinho triste na gaiola E me tratava com desprezo Só porque eu gosto da minha viola
Viola que me deu de tudo Pra dar à ela mais conforto Agora eu fiquei marrudo Não deixo da viola nem depois de morto Ai, ai, ai
Já requereu nosso desquite Já que ela insiste tenho que aceitar O que me deixa mais triste É dos meus filhinhos ter que separar
Pra ela eu sou um bagaço Mas seja lá o que Deus quiser Com as minhas dez cordas de aço Vou cair nos braços de outra mulher Ai, ai, ai
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositor: Alcides Felisbino de Souza (Nono) (AMAR)Editor: Arlequim (AMAR)Publicado em 1989 (01/Jun)ECAD verificado obra #108379 e fonograma #8814 em 29/Out/2024 com dados da UBEM