Cacique e Pajé
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Índio Violeiro

Cacique e Pajé


Deixei minha aldeia com pouca idade
E muita vontade de ser um artista
Com muito esforço e sem embaraço
Conquistei espaço na terra paulista

Mas caí nas garras do vício maldito
Achava bonito meu louco viver
Em dias e noites bebendo e fumando
E fui me acabando até quase morrer

Eu passei momento de dor e tristeza
No leito e na mesa de um hospital
Em Deus poderoso eu tive confiança
Com fé e esperança vendi o meu mal

Uma cirurgia o médico fazia
Uma ponte de safena, uma válvula perfeita
Sem vício eu vejo a luta vencida
E vejo que a vida já está refeita

Embora sofrendo estou conformado
Cumprindo calado meu destino atroz
Ao bondoso Deus meu muito obrigado
Por ter me deixado a vida e a voz

Agradeço a todos que de mim cuidaram
E me ajudaram a lutar contra a morte
Buscando a fibra de um bravo guerreiro
O índio violeiro está vivo e forte

Compositores: Jesus Belmiro Mariano (Jesus Belmiro), Antonio Borges de Alvarenga (Cacique)
ECAD: Obra #516103 Fonograma #1120728

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