Sou filho de índio, nasci numa tribo Por isso que eu digo, sou índio também Meus pais são aqueles da pele bronzeada Das longas jornadas que a vida tem
Não nego que sou um homem de raça Vivia da caça que tem no sertão Pra me livrar dos grandes perigos Levava comigo uma flecha na mão
Bebia da água de uma nascente E no rio corrente que eu me banhava Na minha cabana de cipó cambira Na rede de embira então me deitava
E no fim da tarde que a noite aparece Fazia uma prece para deus Tupã E no meu caminho uma estrela brilhou Pra mim apontou uma novo manhã
Então minha vida mudou de repente Deixei minha gente e vim pra cidade E foi tão difícil me acostumar Mas pude encontrar a felicidade
Aprendi cantar e tocar a viola Que me serve agora de meu ganha pão Vejo também meus discos gravados Que estão espalhados por esta nação
É o meu prazer um enfeite de penas Sou muito fiel na minha tradição De um modo geral agora agradeço Contente ofereço a minha canção
Vejo meus sonhos que foi realizado Me sinto honrado de um índio que sou Já posso dizer, obrigado Tupã Também para os fãs que me consagrou
Compositor: Antonio Borges de Alvarenga (Cacique) (ABRAMUS)Publicado em 2009 (17/Nov) e lançado em 1998 (08/Mai)ECAD verificado obra #84861 e fonograma #1625219 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM