Brunê
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Nada É Eterno

Brunê


Nada é pra sempre
Nada é eterno
Nem tortura e decreto
Nem ternura e afeto

Pensa bem
Quando a gente puder se tocar de novo
Eu vou entrar no meio do povo
E só pra te encontrar

E meu bem
Eu vou segurar sua mão pela cidade
Eu vou enfim te beijar de verdade
E só me demorar

Como tudo isso demorou

Ó mundo
Ó mundo
Tenha paciência
Com a nossa ignorância
A gente tem muita crença
E dá pouca importância
À você

Nada é pra sempre
Nada é eterno
Nem o chão e o teto
Nem o errado e o certo

E ela vem
Dizer que em maio o céu é mais bonito
E eu concordo da janela que eu vivo
E só o que eu vejo

Ninguém
Vê que isolada eu to sofrendo com gêmeos
Em meu sol, marte e vênus
E só, sozinha comigo

Como ninguém tá junto

Ó mundo
Ó mundo
Tenha paciência
Com a nossa ignorância
A gente tem muita crença
E dá pouca importância
À você

Nada é pra sempre
Nada é eterno
Nem o mar e o deserto
Nem o abstrato e o concreto

Alô
Diz alguém do outro lado da linha
Como é aí onde você mora?
Eu quero me sentir menos sozinha
Será que o mundo parou lá fora?
George Orwell escreveu isso?
A distopia da nossa era
Quem poderia ter previsto?
Eu ouço música sair da janela

Ó mundo
Ó mundo
Tenha paciência
Com a nossa ignorância
A gente tem muita crença
E dá pouca importância
À você

Nada é pra sempre
Nada é eterno
Nem o óbvio e o incerto
Nem o longe e o perto

Letra enviada por Bia Brasil

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