Bornes
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Do Outro Lado do Murro

Bornes


Somos passionais, passeando pela paz, primogênitos do sereno
Será que a gente é capaz, será que somos dois
ou mais ou somos dois mais ou menos?
Quebramos a cabeça por pensar demais, o olho roxo pela paz
O celular é o de menos
Bandidos são celebridades nos jornais
e por não ter uma manchete para os da paz nós nunca lemos
Nós também não temos nada de normais
Mas de que adianta escutar os Racionais
e agir como o Zé Pequeno?

E o nosso povo: de que mundo é?


Do outro lado do murro
Bornes e Cap

E o percentual é zero de onde a gente vem
E eu sinceramente ainda não vi ninguém
Vou chegar no topo e estender o braço para quem?
Tava em baixo comigo? Subiu também!
Hoje tá tudo bom né? Tá tudo bem!
Querem meu nome na lista minha presença e meu flow também
Toca o meu rap na pista
Sem simpatia, eu sou do bem mas eu sou frio e calculista
Eu fiz as pazes com o diabo, mano
Tu nem tá ligado quantos demônios que eu tenho guardado
Condenado igual Constantine
Ideia é clara e se for pra atravessar o inferno
nego não para
Na terra que só querem tudo isso
Olha o prejuízo dessas alma no olhar
Coração frio, capaz de o inferno congelar

Me desespero, quebro, minha garganta fica seca
minha visão toda preteia e a testa começa a suar
Sirvo um café bem quente, sento na área da frente
pra vizinha sorridente mostro os dentes pra agradar
Olho a minha volta e quase tudo me revolta
e esse ódio que me escolta não me solta nem pra descansar
É taquicardia, tremedeira, asfixia a placa
que me diz sorria e o corpo tomba sem mandar

Me diz aonde eu dou um soco

Composição: Marnon, Maik Borne, Maurício Truta, Cap da 59

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