E se não fosse o samba quem sabe hoje em dia eu seria do bicho?
E se não fosse o samba quem sabe hoje em dia eu seria do bicho?
Não deixou a elite me fazer marginal E também em seguida me jogar no lixo A minha babilaque era um lápis e papel no bolso da jaqueta, Uma touca de meia na minha cabeça, Uma fita cassete gravada na mão
E toda vez que descia o meu morro do galo Eu tomava uma dura Os homens voavam na minha cintura Pensando encontrar aquele três oitão
Mas como não achavam Ficavam mordidos não dispensavam, Abriam a caçapa e lá me jogavam Mais uma vez na tranca dura pra averiguação
Batiam meu boletim O nada consta dizia: ele é um bom cidadão O cana-dura ficava muito injuriado Porque era obrigado a me tirar da prisão
Batiam meu boletim O nada consta dizia: ele é um bom cidadão O cana-dura ficava muito injuriado Porque era obrigado a me tirar da prisão
Mas hoje em dia eles passam, Me vêem e me abraçam me chamam de amigo Os que são compositores gravam comigo E até me oferecem total proteção
Humildimente agradeço E digo pra eles: estou muito seguro Poque sou bom malandro E não deixo furo E sou considerado em qualquer jurisdição
Humildimente agradeço E digo pra eles: estou muito seguro Poque sou bom malandro E não deixo furo E sou considerado em qualquer jurisdição
Compositores: Carlos Alberto da Silva (Carlinho Russo) (UBC), Jose do Vale Bezerra Filho (Zezinho do Vale) (UBC)Editor: Warner (UBC)Publicado em 1989 (01/Fev)ECAD verificado obra #145649 e fonograma #9082 em 12/Abr/2024 com dados da UBEM