Pele macia, pelo de panda parida Se eu lhe der uma mordida Juro que num vai doer Jaboticaba, jambo, caju bem maduro Não conheço um pé de muro Pra nós dois num se esconder
Quando lhe vi, me agarrei no seu cangote Feito cobra dei um bote pra acertar seu coração Fiquei num canto como quem é ferroado Por um bicho envenenado, com o veneno da paixão
E nesse fio de forró furimfimfado Se aconchegue aqui do lado Que eu vou balançar você Tem um sombra embaixo do cajueiro Que eu reguei o ano inteiro Pra dar fruto e nós comer
É cravo e canela, castanha e caju Vermelho, madurinho, gostosinho Que nem tu
É um mistério, criador e criatura Pelo tamanho da cintura de pilão, de violão Caleidoscópio, âmbar, néctar precioso Tens o cheiro mais gostoso que Chanel e agrião
Vi meu futuro, me agarrei com unha e dente Nem ta frio, nem ta quente Mas eu fui me garantir Se o cavalo do destino vem selado Seja doido, seja alado, vou montar e vou partir
Compositores: Edilberto Cipriano de Brito (Beto Brito), Pedro Tavares ECAD: Obra #732105