Madrugada acordado, trancado no quarto Eu que não fumo, fumei quase um maço Janela aberta, vento gelado Envolve meu corpo na cama jogado Na taça a marca da boca gelada, devasta Batom vermelho bem tom na borda Vinho suave do bom Já estou na metade d'um livro Nas palavras só vejo você Nem lembro o que li Nem Shakespeare me fez esquecer Pego o violão Companheiro de toda dor Vai, toca essa canção Faz chorar o compositor
Do último andar nossa história vou jogar Quem sabe o vento altere onde vai chegar Vou atravessar o mundo inteiro para estar Olhos nos olhos e sentir se você vai negar
Conquista material não muda meu estado espiritual Avanço intelectual não muda meu estado emocional De que vale um milhão na conta se eu não posso te tocar? Posso ter todas, mas você que eu quero amar
O sábio quebrou as pernas ao sair de sua esfera Cantava conselhos "pros" outros Mas pra si não era a fera Quem dera colher os frutos Da mera ação dos brutos O truco vira o jogo E ela ascendeu o fogo Não corro, não morro, nem grito socorro Sinto no couro o estouro do touro Aperto no peito, não tem outro jeito O acordo foi feito, não tem mais efeito Ligar, cantar, pedir pra voltar Você decidiu que nós dois já não dá Então, então me deixe tentar última chance pra eu te provar Que nada é por acaso No baque do não Me peguei desolado Que nada é para sempre O tempo revela Quem "tá" do seu lado Óh não! sem controle Estou caindo do última andar Não era o plano, foi por um fim Somos estopim, pólvora e pá!
Do último andar nossa história vou jogar Quem sabe o vento altere onde vai chegar Vou atravessar o mundo inteiro para estar Olhos nos olhos e sentir se você vai negar
Do último andar nossa história vou jogar Quem sabe o vento altere onde vai chegar Vou atravessar o mundo inteiro para estar Olhos nos olhos e sentir se você vai nega
Compositor: Ricardo Batista da Silva Borlone (Batis) ECAD: Obra #20557979 Fonograma #17427549